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O Conselho de Escolas Médicas Portuguesas (CEMP) e a Ordem dos Médicos alertam para o risco da utilização, de forma exclusiva, das viseiras em alternativa direta às máscaras, explicando que as viseiras servem essencialmente para proteger a zona dos olhos. Contrariamente às máscaras, as viseiras não conferem proteção interpessoal na transmissão do novo coronavírus.
Dessa forma, e após o recente comunicado dirigido ao governo para alteração da legislação em vigor sobre o tema, Fausto J. Pinto explica ao Observador as limitações das viseiras enquanto medida de combate “isolada” à Covid-19, mostrando-se “surpreendido” com o que entendeu, inicialmente, ser “um eventual erro na feitura do decreto”. “E nesse sentido procuramos esclarecer”.
O Presidente do CEMP reitera que, neste momento, “a recomendação deve ir no sentido das máscaras”, defendendo que as viseiras devem ser “complementares ou utilizadas em situações muito excecionais, isoladamente”. “As máscaras dão um nível de proteção que está comprovado e é muito superior”.
O grau de proteção conferido por ambos os equipamentos é muito distinto, pelo que idealmente máscaras e viseiras devem ser encaradas como medidas complementares, mas independentes no combate à propagação do novo coronavírus, reforçando as políticas de contenção já conhecidas, como o distanciamento social e a higienização frequente das mãos.”