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O Professor Fausto Pinto foi convidado para comentar a situação da pandemia de Covid-19 em Portugal na TVI 24, numa análise em que apelou à consciência do momento presente, no qual é fundamental uma “monitorização muito real, concreta e objetiva da situação”, salientando a importância da assertividade na comunicação das medidas a serem implementadas no futuro, de forma a garantir-se o cumprimento das mesmas por parte da população.
Em entrevista, Fausto Pinto reiterou que “existem medidas de ordem geral que devem ser aplicadas de qualquer forma, independentemente da situação epidemiológica, enquanto não tivermos uma solução mais definitiva para este problema”, referindo-se à utilização das máscaras, ao distanciamento social e etiqueta respiratória, bem como ao facto de se evitarem ajuntamentos.
Na opinião do Presidente do CEMP (Conselho de Escolas Médicas Portuguesas), a monitorização eficaz da situação da pandemia em Portugal será determinante para a decisão de aplicar medidas mais severas, justificando eventuais restrições que possam revelar-se necessárias em determinados locais. “Para situações diferentes, muitas vezes têm de se aplicar medidas diferentes”.
Fausto Pinto considera que o confinamento foi uma medida que, apesar de “severa”, foi bem sucedida na “primeira vaga”, permitindo “salvar dezenas de milhares de vidas”. Adiantou que a situação epidemiológica em Portugal “não é excelente, mas é muito razoável quando comparada com outras na Europa ou noutros locais”, alertando, contudo, para a importância de “não baixar a guarda” neste que é “um momento de estarmos muito atentos”, para além de sermos “muito pedagógicos, assertivos e pragmáticos”.
Sobre a possibilidade de uma segunda vaga e o que esperar no futuro com a evolução da pandemia, no que respeita à retoma das atividades económicas e ao regresso das populações às rotinas interrompidas pela Covid-19, o Professor Fausto Pinto entende que “é fundamental que as crianças voltem para a escola” e clarifica que “as medidas de saúde pública têm que estar em conjunto com as medidas económicas”, não devendo existir oposição ou inconsistência entre ambas, uma vez que “têm que estar as duas a trabalhar no mesmo sentido”. “É o conseguirmos bons resultados em saúde pública que vai melhorar a economia”, assegurou, explicando que “Saúde e Economia têm que estar juntas e trabalhar em conjunto para conseguir bons resultados”.