“Nunca houve na história da humanidade medicamento mais testado do que as vacinas”

13 de Dezembro de 2021

in FMUL

Fausto Pinto, Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), numa entrevista à Agência Lusa, defendeu a importância em existir um “esforço de comunicação” sobre a vacinação das crianças contra a covid-19 para criar confiança na população, defendendo que “a vacina é segura”.

Acrescentou ainda que, “é muito importante a forma como é comunicado (…) porque um dos aspetos essenciais na comunicação em saúde é o criar confiança às populações, isso independentemente de toda a evidência que possa existir”.

De acordo com o Médico Cardiologista, as vacinas têm “um impacto significativo” na saúde das crianças e na saúde da comunidade e, neste momento, defende que a “prioridade número um” é a vacinação maciça o mais distribuída possível, começando pelas crianças e terminando nos adultos.

Na passada sexta-feira, dia em que a Direção Geral da Saúde (DGS) divulgou o calendário de vacinação das crianças dos 5 aos 11 anos, o Professor referiu que não há do ponto de vista científico qualquer dúvida em relação a isso e, neste momento, o problema é quando se mistura um pouco a parte política ou a parte emocional.

Quanto às dúvidas que possam existir sobre a sua segurança, Fausto Pinto afirmou que “nunca houve na história da humanidade medicamento mais testado do que as vacinas” referindo que, são “a única forma de proteger a população”.

Alerta ainda que, além da indicação de vacinas para os adultos e para as crianças, é preciso que sejam distribuídas a nível global como tem insistido a Organização Mundial da Saúde para acabar com a “assimetria grande” que existe entre países de renda elevada e de renda mais baixa, sobretudo em África, o que torna “a situação complexa e difícil”.

A DGS recomenda a administração da vacina nas idades entre os 5 e os 11 anos, com prioridade para as crianças que tenham doenças de risco. Em Portugal há 640 mil crianças elegíveis neste grupo etário que podem agora ser vacinadas com a dose da vacina, mas na versão pediátrica.

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