in FMUL
O atual Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, o cardiologista Fausto Pinto anunciou, esta segunda-feira, que concorre a bastonário da Ordem dos Médicos (OM). A candidatura será formalmente apresentada na quinta feira e as eleições estão agendadas para 23 de fevereiro de 2023.
Em comunicado enviado às redações o também presidente da World Heart Federation (WHF) fez saber, que defende uma Ordem dos Médicos mais agregadora e inclusiva, com forte impulso na formação médica. “A OM tem um papel de enorme responsabilidade na preparação das novas gerações de médicos para os grandes desafios do futuro”, disse.
A campanha com o slogan ‘Ouvir os médicos, construir o futuro’, aposta numa OM “mais forte, independente, de rigor e excelência, com base nos princípios e valores éticos que devem nortear uma Ordem dos Médicos.”
Entre as várias medidas que propõe caso seja eleito, está a criação de uma OM desburocratizada e mais próxima dos cidadãos, assim como a defesa de um Sistema de Saúde inclusivo nos seus vários componentes (Público, Privado e Social) que deve ser o garante da Saúde de todos os portugueses.
A aposta na formação é outra grande prioridade. Fausto Pinto defende uma maior interação entre a OM, as Universidades e Academias para reforçar a intervenção da OM na formação médica, desde o ensino pré ao pós-graduado.
A missão de chamar a si todos os médicos passa também pela criação de um Gabinete de Apoio aos Médicos Aposentados, “o outro extremo da pirâmide etária, tantas vezes esquecido, numa demonstração que a OM é mesmo para todos, dos mais novos aos mais velhos.”
Para garantir maior equidade na Saúde, nas suas mais variadas vertentes, incluindo uma maior participação dos jovens médicos, propõe a criação de um Gabinete dos Jovens Médicos (internos e recém-especialistas), diretamente ligado ao Bastonário, para “dar uma maior resposta aos naturais anseios dos médicos do futuro, garantes do bem-estar da nossa população”, refere o candidato a sucessor de Miguel Guimarães que este ano se despede dos destinos da instituição que geriu durante dois mandatos.