O antigo diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa considera que 40 anos de carreira, o respeito dos pares, e o prestígio internacional que alcançou, fazem dele um candidato adequado. Em entrevista à TSF, Fausto Pinto critica “o excesso de observatórios” e a falta de planificação na saúde.
Fausto Pinto quer ser bastonário da Ordem dos Médicos, porque a ordem precisa de ser “uma voz forte e independente”.
São argumentos que justificam a candidatura, uma das seis apresentadas às eleições de janeiro do próximo ano.
Em entrevista à TSF, Fausto Pinto explica que os médicos devem escolher a personalidade que querem que seja “a cabeça da Ordem”.
O candidato insiste que não existem médicos a menos em Portugal e defende uma planificação adequada de necessidades futuras de médicos.
Lembra, a este propósito, que as escolas de medicina formam médicos que o SNS não consegue acolher, e que essa planificação, juntamente com melhores condições de trabalho proporcionadas aos médicos, são as soluções mais óbvias para resolver as fragilidades no serviço público de saúde.
O candidato entende que não é possível dizer que há mais médicos insatisfeitos no sistema público em relação aos grupos privados de saúde, acrescentando que isso depende de caso para caso.
Fausto Pinto é um dos seis candidatos conhecidos às eleições para bastonário, marcadas para 13 de janeiro.
Argumenta com 40 anos de dedicação à carreira médica e com um reconhecimento em diversas instituições internacionais com as quais colabora.
Diz que chegou a hora de se disponibilizar para liderar a Ordem dos Médicos, que “deve ser a garantia da aplicação das melhores práticas científicas na defesa dos doentes”.
A comissão eleitoral ainda não confirmou se são válidas as seis candidaturas apresentadas.
Além de Fausto Pinto, são candidatos Rui Nunes, Jaime Branco, Carlos Cortes, Bruno Maia e Alexandre Valentim Lourenço.